Em alguns países do mundo há uma prática nada convencional e controversa, chamada Mutilação Genital Feminina, ou FGM (sigla em inglês). Este processo envolve a remoção parcial, ou completa, da parte externa das genitalias femininas, impedindo-as de sentir prazer durante o ato sexual. A prática possui razões culturais, religiosas e estéticas, e afeta mulheres de todas as idades.
Embora a prática seja vista em diversos países ao redor do mundo, ela se concentra mais na África e algumas partes da Ásia. A FGM também é usada como uma etapa antes do casamento. As garotas, logo após se recuperarem do procedimento, são enviadas para as cerimônias de casamento com idades entre 14 e 15 anos.
A FGM é muito dolorida e causa longos problemas físicos e psicológicos. Além disso, a técnica é sempre realizada em péssimas condições de higiene, com ferramentas que não foram cuidadosamente esterelizadas, ocasionando a morte de algumas garotas. A técnica só pode ser extinta a partir de uma educação adequada do povo, e foi daí que surgiu a Fundação Kirira: uma ONG que visa acabar com esta prática e educar a população envolvida nesse processo.
Para tal, a ONG, localizada na Espanha, divulgou dois anúncios impressos que retratam o que estas mulheres sentem e passam durante o ato sexual. Consideradas escravas, as mulheres, que não sentem prazer, são vistas como elementos sem vida ou opinião própria. Nos anúncios, que as retratam como estátuas de cobre e marfim, é possível ler a mensagem: “Todos os dias mais de 6 mil mulheres em todo o mundo são condenadas a sentir nada.”
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